Ano de publicação
2020
Autor
CASTRO, M. C. et. al.
Arquivo
Descrição
O COVID-19 é agora uma pandemia e muitos dos países afetados enfrentam severa escassez de recursos hospitalares. No Brasil, o primeiro caso foi registrado em 26 de fevereiro. Como o número de casos cresce no país, existe a preocupação de que o sistema de saúde fique sobrecarregado, resultando em escassez de leitos hospitalares, leitos de unidades de terapia intensiva e ventiladores mecânicos. É provável que o tempo de escassez varie geograficamente, dependendo do início observado e do ritmo de transmissão observada, na disponibilidade de recursos e nas ações implementadas. Aqui nós consideram o número diário de casos relatados em municípios do Brasil para simular doze cenários alternativos do momento provável da escassez, com base em parâmetros consistentemente relatados para China e Itália, sobre as taxas de ocupação hospitalar por outras condições de saúde observadas no Brasil em 2019, e sobre premissas de alocação de pacientes em instalações públicas e privadas. Resultados mostram que os serviços hospitalares podem começar a sofrer escassez de leitos hospitalares, leitos de UTI e ventiladores no início de abril, a situação mais crítica observada para leitos de UTI. Aumentando o alocação de leitos para COVID-19 (em vez de outras condições) ou colocação temporária de todos os recursos, sob a administração do estado, atrasa o início previsto da escassez em uma semana. este sugere que as soluções adotadas pelo governo brasileiro devem ter como objetivo ampliar a disponibilidade (por exemplo, hospitais improvisados) e não apenas priorizar a alocação dos recursos disponíveis recursos para COVID-19.